Outubro Rosa

Por: Dra. Ana Mondadori dos Santos, publicado em: 28/10/2021

O diagnóstico de câncer ainda é considerado uma sentença de morte para muitos indivíduos e essa temática na grande maioria das vezes vem cheias de tabus, muitas vezes pela dificuldade em entender o conceito da doença e sua relação com fatores ambientais e genéticos.
De uma maneira geral o câncer é uma doença maligna que tem em comum um crescimento desordenado de células, que podem invadir tecidos adjacentes ou órgãos a distância. Essas células dividem-se e crescem rapidamente, com a tendência de serem agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores.
Todas as células são programas através do nosso código genético para funcionarem de uma forma orquestrada. Quando ocorre uma alteração do DNA (mutação), a capacidade da célula de desenvolver a mesma função fica alterada. Essas mutações podem ocorrer em genes específicos, como os proto oncogenes, transformando células normais em células cancerosas.
Em algumas situações a alteração do DNA é decorrente de efeitos cumulativos de diferentes agentes cancerígenos responsáveis pelo início, promoção, progressão do tumor em qualquer parte do corpo.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) no Brasil, excluindo os tumores de pele não melanomas, o câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres e estima-se que no ano de 2021 ocorrerão 66.280 novos casos. Entre os homens, o câncer de próstata é o mais frequente com 65.840 casos contabilizados em 2020.
Entre 80 e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas, como exposição a inúmeros agentes como tabagismo, alimentos, infecções e medicações.
As causas internas estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. Apesar de o fator genético exercer um importante papel na formação dos tumores, estima-se que 6% desses tumores sejam de fato hereditários, familiares e / ou étnicos.

Para prevenir o câncer evite a exposição a fatores de risco e adote um estilo de vida saudável.
- Não fume;
As substâncias liberadas na queima do cigarro são inaladas por fumantes e não fumantes e são responsáveis por câncer de pulmão, cavidade oral, laringe, faringe e esôfago;
- Alimente-se bem;
Evite o consumo de alimentos industrializados e processados. A alimentação deve ser rica em alimentos de origem vegetal como frutas, verduras, legumes, cereais e leguminosas.
- Mantenha o peso corporal praticando atividades físicas
- Amamente
A amamentação até os dois anos ou mais, sendo exclusiva até os seis meses de vida da criança, protege as mães contra o câncer de mama e as crianças contra a obesidade infantil.
- Realize rastreios conforme sua idade e fatores de risco
- Vacine crianças a partir de 9 anos contra o HPV
- Evite a exposição ao sol
Proteja-se com chapéu, óculos escuros, entre outros.
Se há uma recorrência de história familiar de câncer na família, ou indivíduo jovem acometido é importante investigar fatores hereditários que justifiquem o aparecimento desse diagnóstico tão precoce. Consulte sempre um geneticista para obter mais informações sobre esse assunto.

Informações obtidas de https://www.inca.gov.br/

Postado por: Dra. Ana Mondadori dos Santos, publicado em: 28/10/2021

CRM 161.539
Especialidades: Genética Médica


 

Formação

Graduação: Universidade de Santo Amaro

Residência Médica: Pediatria pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC)
Genética Médica pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Mestre em Bioengenharia e terapias celulares pela Université Paris Descartes (França)

Comente sobre este artigo

Você também pode gostar destes artigos

Artigos

Câncer de mama e sobrepeso

Dr. Lísias Nogueira Castilho

Artigos

Dia Mundial da Atividade Física

Dra. Talita Politano Galiza Vidal