Por: Dr. Lísias Nogueira Castilho, publicado em: 27/07/2022
O Brasil é, ao lado dos Estados Unidos, da Rússia, da Índia e da China, um dos cinco países mais obesos do mundo. Existe uma outra lista, com os países menos obesos do mundo, em que a maioria dos países luta contra a pobreza e a fome. Exceto um – o Japão, que é um dos países com menor índice de obesidade em sua população – apenas 3,7%. Os países mais obesos do mundo têm entre 17,1% (Brasil) e 33,6% (EUA). Esse baixo número de obesos em sua população, torna o Japão um exemplo a ser seguido pelos países desenvolvidos e também pelos países em desenvolvimento, como o nosso.
O sucesso do Japão, além de fatores culturais milenares, depende, em grande parte, de duas leis nacionais – uma voltada para as crianças e, a outra, para os adultos. A lei Shuku Iku, que contempla as crianças, vigente desde 2005, estabelece que todas as escolas ensinem aos seus alunos os valores nutricionais e culturais da boa alimentação, além de preparar e repartir os alimentos de qualidade nas suas escolas. Não há lanchonetes nem máquinas de comida para as crianças japonesas nas escolas. Toda a dieta é orientada por nutricionistas profissionais, que também participam da educação das crianças.
A lei Metabo, para os adultos, estimula adultos entre 40 e 75 anos de idade a fazerem a medição anual de suas circunferências abdominais, além de orientar e promover exercícios físicos regulares em seus horários de folga e orientação dietética. A circunferência abdominal masculina, medida com fita métrica, facilmente, deve estar igual ou menor do que de 94 cm, segundo a Organização Mundial da Saúde, e a da mulher, igual ou menor do que 80 cm. Esse importante indicador, serve para avaliar o risco cardiovascular, e vale tanto ou mais do que qualquer check-up exaustivo. Os japoneses têm investido nisso.
Postado por: Dr. Lísias Nogueira Castilho, publicado em: 27/07/2022
CRM 34 088
Especialidades:
Medicina – Universidade de São Paulo (USP)
Residência Geral – Universidade de São Paulo (USP)
Residência Urológica – Universidade de São Paulo (USP)
Mestrado – Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Doutorado – Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Livre Docente – Universidade de São Paulo (USP)
Especialização – Sociedade Brasileira Urológica.