Por: Dra. Carolina Berteli Albano Ramos, publicado em: 02/07/2020
Quando falamos em stress nos referimos a tudo que possa ameaçar o equilíbrio do nosso organismo. Portanto, a pandemia por Coronavírus pode ser considerada um evento altamente estressor por gerar grande impacto e altas demandas físicas e emocionais para enfrentá-lo.
Apesar de cada pessoa reagir de uma forma diferente a essas situações, é comum e esperado sentimentos de medo e ansiedade. Muitas pessoas podem sentir-se sobrecarregadas, confusas ou até mesmo desorientadas frente a esses eventos. Enquanto algumas terão reações mais leves, outras poderão apresentar um quadro mais grave de sintomas dependendo de fatores, como: a vivência anterior de situações de crise, o apoio social, o estado de saúde física, o histórico de problemas de saúde mental, a cultura e os valores pessoais.
Com base nos estudos sobre cuidados psicológicos em contextos emergenciais, podemos pontuar algumas estratégias importantes para a redução do stress e um enfrentamento mais funcional dessa situação:
• Filtrar informações e evitar exposição a elas de forma excessiva e desnecessária;
• Promover momentos de bem estar e distração, respeitando as regras de isolamento social;
• Garantir um local que promova a sensação de segurança para o trabalho, o estudo e, principalmente, o descanso;
• Realizar atividades que são possíveis no presente e contribuirão para a concretização de objetivos futuros;
• Identificar problemas de adaptação frente às mudanças ocorridas e criar planos de ação para minimizá-los ou até mesmo, resolvê-los;
• Manter contato com sua rede de apoio (família/amigos), mesmo à distância, e investir em relacionamentos mais positivos e ações sociais solidárias;
• Estabelecer rotina, garantindo alimentação saudável e hidratação, atividade física regular adaptada, exposição ao sol, manutenção de tratamentos de saúde prévios e tempo de sono com qualidade.
É certo que situações como essa, ao provocarem mudanças de forma abrupta e significativa na rotina e nos relacionamentos interpessoais, irão também acarretar em perda de importantes reforçadores. Assim, diante da percepção de maior vulnerabilidade emocional, buscar orientação profissional (médica e psicológica) torna-se fundamental para a avaliação e, se necessário, o cuidado adequado.
Postado por: Dra. Carolina Berteli Albano Ramos, publicado em: 02/07/2020
CRP 06/67771
Especialidades:
Psicologia
– Graduação em Psicologia (1997 a 2001) – Universidade Federal de São Carlos.
– Especialização em Terapia Comportalmental e Cognitiva (2003) – Universidade de São Paulo.
– Especialização e Aprimoramento em Psicologia Clínica Hospitalar (2005) – Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.