Por: Dra. Andrea Miyuki Yoshimura, publicado em: 05/07/2018
O câncer cutâneo corresponde ao crescimento anormal e descontrolado das células da pele. É o câncer mais comum, responsável por 33% de todos os casos de câncer no Brasil e sendo registrados cerca de 180mil casos novos por ano no país. Apesar da alta incidência, o diagnóstico e tratamento precoces permitem elevados índices de cura.
Os tipos principais de câncer cutâneo são o carcinoma basocelular (CBC), o carcinoma espinocelular (CEC) e o melanoma (MM).
O CBC é o mais comum e provém de células do folículo piloso. Ocorre mais comumente na face, orelhas, pescoço, ombros e costas. Raramente espalha para outras regiões do corpo (dá metástases), porém pode ser bastante agressivo no local em que cresce. Frequentemente, surge com uma ́pinta ́ rosada brilhante, um machucado, ́alergia ́ ou irritação persistentes.
O CEC origina-se dos queratinócitos, células que compõem a estrutura da pele. Sua ocorrência é mais frequente nas regiões cronicamente expostas ao sol. Pode ser mais agressivo que o CBC, gerando metástases e comumente se apresenta como uma lesão rosada ou ferida espessa ou descamativa, uma lesão semelhante a uma verruga espessa.
O MM surge a partir de melanócitos, as células que produzem o pigmento que confere cor à pele. Corresponde a apenas 4 a 5% dos tumores cutâneos, porém o potencial agressivo é maior, com maior chance de ocorrência de metástases. Mais frequentemente, o tem a aparência de uma ́pinta ́ ou ́sinal ́ acastanhado ou enegrecido que, em geral, crescem e/ou mudam de cor e/ou de formato.
Linfomas cutâneos, sarcomas, carcinoma de Merkel são exemplos de outros tipos de cânceres de pele, provenientes de outros tipos de células e de ocorrência bem mais rara.
Os principais fatores associados ao surgimento de um câncer da pele são:
É importante ter atenção e procurar um dermatologista caso se identifique:
Mesmo não se notando tais lesões, é importante que, periodicamente, seja feita uma verificação com um dermatologista, pois pode ser identificada alguma lesão suspeita que o próprio paciente não tenha notado.
A primeira escolha para o tratamento de um câncer cutâneo é, habitualmente, cirúrgica, porém outras modalidades podem ser consideradas (medicamento tópico, radioterapia, criocirurgia, terapia fotodinâmica), conforme o tipo e estágio em que o tumor é diagnosticado e as condições clínicas de cada paciente.
Postado por: Dra. Andrea Miyuki Yoshimura, publicado em: 05/07/2018
CRM 107 853 | RQE 32397
Especialidades:
Dermatologia
Unicamp
Graduação em Medicia 1997 – 2002.
Unicamp
Residência em Clínica Medica 2003 – 2005.
Unicamp
Residência em Dermatologia 2005 – 2007.
SBD
Título de Especialista em Dermatologia 2007.