Síndrome Metabólica, uma questão de escolha.

Por: Dr. Eduardo Zadrozny Malouf, publicado em: 14/06/2018

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que em 2015 haverá no mundo 700 milhões de obesos. A obesidade é um dos fatores de risco para a Síndrome Metabólica, mal que pode ser evitado por meio de atitudes que estão ao alcance de todos.

Pessoas que apresentam Síndrome Metabólica são mais propensas a doenças cardiovasculares como infarto e derrame

A Síndrome Metabólica (SM) não é considerada uma doença em si, mas representa um grupo de fatores de risco cardio-metabólicos que têm uma mesma origem – obesidade abdominal –e atuam juntos para o aumento do risco cardiovascular.

A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO) aponta que mais de 40% da população brasileira apresenta sobrepeso ou obesidade.

Tecnicamente, definimos síndrome metabólica quando dois ou mais dos seguintes fatores estão presentes:

  • Obesidade - mais especificamente aumento da cintura abdominal acima de 102 cm nos homens e 88 cm nas mulheres
  • Elevação da glicemia de jejum acima de 100 mg/dl
  • Alteração da pressão arterial - acima de 130/85 mmHg
  • Triglicérides acima de 150 mg/dl e/ou HDL (bom colesterol) abaixo de 40 mg/dl nos homens e abaixo de 50 mg/dl nas mulheres

São fatores de risco para o desenvolvimento de síndrome metabólica o sedentarismo, o sobrepeso, a dieta rica em gordura e carboidratos simples, o tabagismo, a história familiar, a idade e a menopausa.

Além da predisposição genética, a origem do problema está no acúmulo de gordura abdominal. Por apresentarem origem comum, a presença de um fator de risco aumenta a probabilidade do aparecimento dos demais.

ocorrência de síndrome metabólica é alta na população ocidental, chegando a 34% da população adulta em algumas séries. A doença também atinge os adolescentes e tem sido diagnosticada até mesmo nas crianças.

Tratamento e mudanças de hábito

O diagnóstico é simples e o tratamento visa reverter as condições que levaram ao aumento de peso corporal. São medidas pontuais, porém, de difícil execução porque envolvem profundas mudanças nos hábitos de vida.

Não nos resta outra opção. A avaliação inicial consiste em uma criteriosa revisão dos hábitos do paciente e tratamento das doenças relacionadas como diabetes, hipertensão e colesterol alto. Concomitante deve ser realizado acompanhamento multidisciplinar especializado, com reeducação alimentar e programa de condicionamento físico. Alguns casos necessitam de tratamento cirúrgico para obesidade.

O caminho para vencer a síndrome metabólica é longo e envolve disciplina. Os resultados são colhidos aos poucos, mas trazem enormes benefícios para a saúde daqueles que optaram por uma vida mais saudável.

Postado por: Dr. Eduardo Zadrozny Malouf, publicado em: 14/06/2018

CRM 113 396
Especialidades: Clínico geralEndocrinologia


 

Formação: Graduado em Medicina pela Puc-Campinas.

Residência: Em Clínica Médica e Endocrinologia pela Puc-Campinas.

Título: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

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